segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Evolução Humana... Será?!?!

A cada vez que me deparo com situações tenebrosas do cotidiano, me pergunto o quão real é a teoria da revolução humana. 
De um lado, tecnologias que remetem a modernidade. De outro, barbáries que acontecem da forma mais desumana e primitiva possível.        
                
Comunidades que convivem com a morte como algo comum em suas vidas, ou na ausência dela. 

A preocupação com o crescimento populacional mascara o fato de vermos a olho nu, o massacre diário de guerras civis, militares e sociais. Guerras estas que acabam por serem tapadas, com notícias em busca de entretenimento.
Nos tornamos fantoches de nosso próprio medo. Medo da bala, da fome, da miséria, do crime. Medo da vida que nos impõe a responsabilidade de sobreviver a um ataque por dia, a matar ou morrer, ou assistirmos calados as mazelas que afloram uma democracia de faz de conta.
Durante poucos anos de convivência com a arte de - tentar - retratar a realidade, vejo o quão é grande a minha responsabilidade para com a vida que hoje me assusta, o quanto meu grito de desespero é fraco, a ponto de não sair de dentro da garganta.

O quarto poder da “sociedade secreta”, desfaz de sua capacidade de mudança, preferindo exibir massacres pagos de lutas que deformam corpos e mentes, e que, a meu ver, lembram  barbáries como jogar homens aos leões, em forma de entretenimento.

Não aceito assistir ao noticiário de pés, mãos e mente atados, Não aceito sorrir diante de show, enquanto pequenos choram pela falta de pão e paz. Não aceito ser meramente telespectadora da degradação humana que nada evoluiu com o passar dos tempos e que nos faz reféns de uma vida de medos e angústias sem fim.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Uma vivência além do homem do campo

Produtor rural de São Gabriel do Oeste que vive do que planta e cria em sua pequena chácara. Filho de homem do campo, um senhor de 54 anos, veio do Interior do Paraná, em busca de uma vida melhor. “A gente não tinha as nossas terras, mas sempre que a gente chegava na casa nova, era uma festa só”, diz relembrando seus tempos de menino.
Vive com sua mulher e dois filhos, um de treze e outro de quinze. O casal ainda tem um outro mais velho que parece ser o orgulho do pai. Mora em Belo Horizonte. Segue os passos do pai, em busca de algo melhor.
Está bem na cidade grande, e sempre que pode, manda uma ajuda à família. “Meu filho, saiu cedo daqui, ele não gosta de mato não. Ao perguntar sobre o trabalho de seu filho, o pai fala com ainda mais orgulho. “Ele estuda e trabalha, ele diz que vai ser doutor”.
Vejo dentro da humilde, mas aconchegante casa, uma senhora de cabelos brancos, fazendo o café para servir com o bolo que cheira por toda a casa. Peço que ela venha até a sala, que converse e que fale sobre sua vida, mas ela resiste.
Aquele produtor diz que ela parece bicho do mato, com um sorriso no canto da boca. Sem que eu lhe peça, ele já começa a falar sobre seu trabalho, como sustenta sua mulher e seus dois filhos mais novos. Ele enche o peito de orgulho, diz que não é fácil, mas que faz tudo como muita dedicação todos os dias. “A gente acorda todo dia, antes do sol aparecer, daí já começa a lida”.
O cuidado com o gado, uma granja com galinhas. Vejo também dois porquinhos no chiqueiro improvisado. “Eles são novos aqui, peguei para criar faz pouco tempo” diz, justificando a pouca criação de porcos. Vejo também um cavalo e uma égua.
Logo atrás da simples casa, uma horta que comporta alface, pimenta, cebolinha, salsinha, e espinafre. Ao lado, separado dessas hortaliças, uma pequena plantação de abacaxi. Mais a frente, vejo uma jabuticabeira, um mamoeiro, um abacateiro e dois pés de acerola.
 “Ainda bem que a chuva não chegou muito perto daqui, rio fica longe, mais de um quilometro”, diz o homem sobre a chuva que destruiu plantações na cidade, mas não afetou sua produção.
A dona de casa gosta mais de ficar dentro de seu lar, limpando, fazendo a comida, enquanto o marido cuida de produzir para sua família e para vender no centro da cidade.
Ela chama para o lanche. O clima acolhedor de uma família que mal me conhecia, e que agora me trata como alguém tão próxima e querida, faz essa estagiária de jornalismo pensar sobre as maravilhas de uma vida simples e completa.
Leite tirado pela manhã, café fresquinho, bolo feito na hora e uma conversa agradável. Do lado de lá, também vêm algumas perguntas. Querem saber o porquê dessa visita, qual a importância de uma vida simples como a deles. E com uma espontaneidade além da conta digo “Porque a felicidade mora aqui, e ela que venho buscar”.



Eu quero


Quero a partir de agora, viver cada momento. Quero saber o que quero, sem nem mesmo saber realmente. Quero adrenalina fora do comum, por viver cada instante como se fosse o último. 

Quero beijos apaixonados, quero o vento batendo em meu rosto e me fazendo arrepiar. Quero praia, quero sol, mas também quero boas companhias. 

Quero aquele sorriso aberto e sincero, quero esses amigos loucos e felizes. Quero dançar até a música parar. Quero sonhar revivendo todos os dias felizes que vivo.

Quero aquele amor de verão, que me faz viva e sorridente. Aquela tarde de sol em torno de uma roda de tereré. 

Quero uma amizade de criança, uma vida de mulher, de menina, de adolescente. Quero viver de novo aquele abraço apertado, aquele amigo engraçado, aquele romance ainda no começo. Quero perspectivas, quero metas, quero sonhos, mas quero tudo isso em minha realidade... Nada de sonhos inacabados e arrependimentos sem solução!!! Está na hora de recomeçar.

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