sexta-feira, 16 de maio de 2014

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Sobre uma tal Sheherazade...

Divulgação Veja

E quem sou eu, iniciante nesta selva de pedra do jornalismo, para falar sobre ela?!

Ela que veio de longe, que fez caminhada, passo a passo. Que assumiu responsabilidade por suas palavras, sem mesmo saber quem as receberia. Ela que é mulher, mãe, esposa, vitoriosa e linda, nesse mundo estressante de múltipla jornada. 

Bem, sou sua admiradora! 


Admiro seu trabalho, sua desenvoltura, seu talento, suas palavras sempre cheias de embasamento e convicção. Admiro a transparência que ela demonstra, a coragem que ela transmite e a serenidade que ela exala. 


 Tudo isso me admira. Mas, o que me espanta é o fato de que brasileiros, como eu, que devem ter visto a briga pelo direito à informação, à liberdade de expressão, disseminam falso moralismo em redes sociais. 

Vivo num País que apresenta um CAOS na saúde, na educação, na moradia. Que vive afogado nas lágrimas de quem sofre por não ter uma vida digna de orgulho. Vivo num Brasil que gasta BILHÕES em esporte e assiste, das arquibancadas, vidas se desfalecendo em filas de hospitais. 


Sinto orgulho sim da minha terra, do povo que luta por cada pedaço de pão. Tenho orgulho da minha língua e não sou adepta a estrangeirismos. Mas, não me atrevo a encher a boca e chamar o Brasil de País do futebol. 


Estamos no país digno de pena. Num país rico em povo, em cultura, em terras e gentilezas, mas, lavrado com o sangue daquele que aqui nasceu. Daquele que engole seco as opressões políticas, os reais na cueca e os mensaleiros engravatados. Somos o País da omissão, e assim nos acostumamos. Digo nós porque, diferentemente de Rachel Scheherazade, tb me calei diante de injustiças sociais.


Scheherazade disse o que todos dissemos em nossos grupos sociais, amparados e protegidos pelo fato de falarmos a interlocutores conhecidos e bem quistos. Rachel é a voz do Seu João, da Dona Maria e de tantos outros que sofrem por serem apenas mais alguns reais na conta daqueles que nos prometem proteção, a cada dois ou quatro anos. 


Obrigada, Rachel! Obrigada pela coragem, pelo respeito e pelo amor que você dedica a todos aqueles que aprendem um tantinho a cada dia com você! 

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